Quero saber quando for meu penúltimo instante.
Pode até ser pavoroso.
Amedrontador.
Contudo, será meu.
Meu único e épico penúltimo instante.
Preciso de uma enorme calmaria para ter racionalidade e saber exatamente o que estarei passando, nesse meu momento antes de encontrar Deus...
...Budha...
...Whica...
...Zeus...
...Oxalá...
...Cristo...
...Energias cósmicas...
...
...ou apenas espaço vago...
O período de transição da dor para sem mais dor.
Uma ocasião repugnada por todos.
Um momento vital...
...pensando melhor...
O momento fatal.
Não qu’eu seja depressivo, infeliz ou mórbido.
O caso não é esse.
É que gosto de saber como as coisas funcionam.
E o meu fim é um direito meu.
Concedido a mim no exato instante em que fui iniciado.
Portanto, se é meu
Quero conhecê-lo
Usá-lo
Entendê-lo
Tê-lo.
E dele não vou abrir mão.
Também não o apressarei. Claro.
Deixe que as coincidências ajam.
Como sempre foi feito, refeito e desfeito.
04/01/06 – 4:00 am
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